quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"CARCOMA NA PALHÊTA"

“CARCOMA NA PALHÊTA”

Há uns tempitos para cá, tem sido insuficiente, por descrédito, a “musicalidade” do cidadão José Sócrates, nosso Primeiro-ministro – que Deus o conserve (?...) – no que diz respeito à persuasão do público. A sua outrora aguçada e apurada palhêta já não causa narcotização em ninguém. O carcoma do desgaste provocado por uma administração de escopêta e por demais duvidosa, tem dado cabo dela.
Para além de já estar depreciado como o demonstraram os portugueses, nas últimas eleições para a UE (União Europeia), perante infortúnio de ter escolhido para aspirante às mesmas eleições como cabeça de lista, um avozinho porreiro, com a cabeça nevada, mas com cabelo a mais para a idade, denotando um símbolo de dúbia intelectualidade para o efeito. É sempre bom convocar estes acontecimentos à colação para manterem o interior da piolheira dos nossos patriotas em franca actividade.
Foi um segundo plano mal concebido, que obrigou o nosso Primeiro-ministro a usar infrutiferamente e ainda bem, de toda a sua rotineira cantata, que vastas vezes me faz assomar à memória o Imperador Nero, que cantarolava e arranhava a harpa, enquanto Roma queimava.
O nosso país também está a arder, ele continua a “cantar” e os portugueses bem sentem a ardência flamejante e tórrida da fogueira ateada pelos seus “discípulos” sob o seu obstinado comando.
Agora a crise internacional é que paga tudo. Mas não é tudo!?
O PS, possuído de uma diabólica soltura interna, não consegue aplicar na governação, directrizes por conta, peso e medida! Ou sonega a conta, ou amplia no peso ou alarga a medida. Mas a perturbação é manifesta. Já nem Augusto Santos Silva lhe pode acudir, apesar da sua filosófica retórica empedernida de cinismo a tentar defender o indefensável; nem todos os santos que no Céu existem, farão inverter o rumo a uma inevitável derrota, que apenas deixará como despojo um “rectângulo” pejado de “ovos podres” e quem vier que se desencrave.
Nem mesmo o irritante tubérculo Vitalino Canas, que mais parece um tarefeiro do partido do que outra coisa, conseguiu até agora fazer algo para manter a legião com cabeça da fora da água turva onde lentamente vem submergindo.
Para os portugueses, o problema não está em o “barco” atolar-se; a dificuldade reside nos custos que todos teremos de suportar por causa do timão que por incúria foi mal manobrado e o timoneiro não paga por isso. Isto é, não existem arguições pelas irresponsabilidades cometidas. Todavia, encarando de outro aspecto, existir, existem, o que acontece é que elas ao colidirem com o escudo da imunidade desfazem-se sob o peso das argumentações sem crédito, várias vezes tuteladas pela lei.
O Governo e o nosso Primeiro-ministro sabem disso. Porém, como José Sócrates é o porta-voz de todo elenco governamental, existe uma manifesta impressão de que a sua dantes afinada palhêta, está agora a fugir do seu tom e do seu aguerrido volume.
Ninguém pode garantir que não seja o carcoma que lhe ataca a palhêta, quem sabe?!
Estou com pena!



António Figueiredo e Silva
Coimbra

Blog: antoniofigueiredo.pt.vu






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