quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

PALAVRAS DE DESESPERO



“…nada tem que ver com a cultura do PSD”,
 invocando os princípios do respeito,
 solidariedade e lealdade.

 “Não admito que nenhum combate político
seja condicionado por agendas pessoais, pela
mera ambição pessoal e o regresso ao passado”…
António José Seguro
(in Público)

PALAVRAS DE DESESPERO

Na realidade, a sapiência do povo não tem limites; “a cara é o espelho da alma”.
Este divergente cavalheiro, que com distinta coragem tem vindo a ser o defensor de um dos partidos políticos que até agora foi o que mais contribuiu na feitura arquitectónica para esta crise, a obra-prima do pantanal em que nos encontramos, vem agora evocar os princípios do respeito, solidariedade e lealdade. No seu próprio interesse, esgrime os interesses dos portugueses como escudo, tentando abrir caminho à força para as eleições antecipadas, com o consequente afundamento de tudo isto.
Quem mais tem demonstrado gana ambiciosa do que ele?
O que aconteceufoi que o “fantasma” de António Costa veio agora assombrá-lo e Seguro sabe que a sua segurança fica em risco, podendo fazê-lo cair abaixo do penhasco. Que é o mais certo.
 Como muitas vezes acontece com todos as aparições, esta também se desvaneceu, não por si só, mas por obra e graça dos interesses aos tachos políticos em mira, regidos por mentores com calosidades no traseiro, cuja função se baseia numa ideologia e na estratégia a ser aplicada, para que a falange funcione como um todo. Estes labutam nos bastidores e são as amarras e as colunas que agarram e suportam as pedras destinadas ao equilíbrio da estrutura. O resto são “vítimas” vergadas sob o peso da sua ambição pessoal, manipuladas e empurradas para lugares cimeiros, onde apenas lhes é permitido dizerem o que não sentem.
É a partir deste pressuposto que a figura fantasmagórica desapareceu do caminho de António José Seguro; só que, outra ficou acenada para a presumível (ou mesmo certa) ocupação do seu espaço, montada na deslavada fisionomia de Francisco Assis.
É pena! Sempre foi um bonito papagaio, “charmoso” e acutilante, não obstante deixar sempre predominar nas suas inervenções, um vazio no conteúdo e uma determinada escassez de convicção, que perfeitamente se podiam contemplar.     
Quanto à entidade que se volatilizou com toda a sua calma aparente, maquilhada por um sorriso astucioso, não tardará muito tempo que ela não volte a aparecer, contudo, sem vontade para ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Aí, o vôo será mais ambicioso e de maior altitude. O penacho e os privilégios que estão na mira serão superiores; as bajulações serão mais fingidas mas com cortesias requintadas; o habitat será mais faustoso e ricamente decorado; a segurança, apesar de fazermos parte de um país onde a cainça ladra sem morder, é reforçada; o miserável ordenadito, também subirá de fasquia e já deixa uns trocados para ir aos saldos nas grandiosas casas comerciais de Londres e Paris, ou às lojas do ôlo lasgado, impoltado do Oliente, onde se compla mais balato (isso é que era bom!); não subtraindo ao consolo, como é evidente, apesar de não ser ir à lua, umas viagensitas à volta do mundo, com uma colmeia de acompanhantes, etc. Se isto suceder, nós compensaremos com mais umas troikadas no costado, que é para suspendermos a nossa mentalidade asinina.
Pois… É melhor António José Seguro ir lubrificando os patins e estudar com segurança o seu próximo itinerário, para evitar o regresso ao passado, porque estão aí a vir as eleições para a Presidência da República, cuja fatia já se vê que está a ser cozinhada, todavia não chegará à sua ambiciosa dentição.
Para o outro, também espero bem que não chegue, porém, ele parece muito aproveitador… E solidário para com os portugueses no respeita às medidas de austeridade. Aliás, tem-se notado o seu esforço nesse sentido.
Por mais agressividade discursiva que aplique António José Seguro, os seus espiches, não são mais do que palavras de desespero.


António Figueiredo e Silva
Coimbra
www.antoniofigueiredo.pt.vu






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