segunda-feira, 20 de outubro de 2014

MEU POBRE PORTUGAL



 Quem viveu muito acima das suas possibilidades nas
 últimas décadas foi a classe política e os muitos que se
alimentaram da enorme manjedoura que é o orçamento
do estado. A administração central e local enxameou-se
de milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis,
fundações fraudulentas e empresas municipais fantasma.
 
(António Costa in Quadratura do Círculo, SIC, em 25/01/2013.

MEU POBRE PORTUGAL!
(Verdades que ficam p’rá ‘stória)


Não, jamais me deixei seduzir por quaisquer dissertações catequizadoras do foro político e muito menos por quaisquer teorias doutrinais marxistas ou de tendências a tal. Não. Considero-me um indivíduo livre e imune (até agora) da moléstia que tem infectado o tino de muitos portugueses graças à modéstia da sua (deles) própria franqueza: a beatice, a ortodoxia. Por isso, não consigo deixar de memorar a todos os que me lêem e que certamente disseminarão, não só por cá mas por toda a esfera azul, para avivar nas mentes mais deslembradas, as palavras acima mencionadas, vocalizadas por António Costa, alta figura no tabuleiro do xadrez político do PS.
São realidades que todos percebemos existirem; sabemos que estamos a pagar uma factura que não nos pertence mas que nos foi imposta, e cuja extensão se estenderá até aos nossos filhos e netos – no mínimo. São os restos de um Portugal desossado, que os “abutres” deixaram para os portugueses rilharem, até partirem os últimos dentes que ainda lhes possam sobreviver à crise, pela vontade indómita de vencer sob o jugo de pesado sacrifício. Uma crise que, como se pode ver, partiu de cima para baixo e não de baixo para cima.
Realmente a manjedoura tem sido grande, mas não tão colossal que tenha conseguido satisfazer a voracidade da ruminação, que não tem tido limites, de todos quantos dela tenham “irmãmente” partilhado o repasto.
 António Costa ousou, (se calhar puxaram-lhe as orelhas), num momento de reflexão e lucidez, atirar cá para fora as razões da crise que atravessa este bocadinho de terra lusa, banhada em todo o seu comprimento pelas águas do Atlântico. Uma costa rica, maravilhosa, com recursos inumeráveis, entregue a um país cujas figuras de proa se preocupam em governar-se e não em governá-la.
MEU POBRE PORTUGAL!

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 20/10/2014

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