(Prenda dos Reis
Magos)
Neste
mundo abundante em crenças diversas, onde a superstição, o azar e a sorte,
jogam no imaginário do obscurantismo, os algarismos considerados mais
esotéricos, por norma têm sido: 3, 7,
13, 33, além outros, escolhidos pelos “chamãs” do nosso Universo, onde até
o “infeliz ou sortudo” 0 (zero) entra
na contabilidade adivinhadora.
Não
sou dado a agouros, contudo reconheço que ultimamente surgiu, decorrente de
matemáticas e precisas acções investigatórias, um número, que o Diabo seja cego,
surdo e mudo, foi uma capicua de sorte para os portugueses; muito embora alguns
não gostem da “parelha”, ainda que refilando por conveniência, senilidade ou
com medo de que a numeração suba, têm de suportar esta ”ironia” do destino, com
todas as consequências “boas” ou más que daí possam resultar, entre a
indulgência ou castigo: foi o 44.
Penso
para com os meus botões, que se a Maya ou a Maria Helena, versadas em
Taralhologia, com o seu “cesto” sentido tivessem vaticinado o turbilhão que
actualmente rodeia o número 44, através de uma
qualquer chamadazita de valor acrescentado, certamente que a esta hora poderiam
ser possuidoras, já não digo de uma pipa, mas de umas malitas repletas de
bagalhoça.
É
que este é um dos números dos cata-vento, considerando a ambiguidade na sua
leitura; tanto pode ser lido de trás para a frente como da frente para o
traseiro, que o seu resultado não se altera. É um número de sorte, para quem
semeou azar; então não é?
A
capicua é um número que assenta bem a alguns políticos e aos vigaristas e
trapaceiros, porque lido de qualquer forma, prodigiosamente mantém sempre a
mesma cara.
Cheira-me
que no meio da gente (ou gentinha) bastante à ligada “superstição” numérica, há
muitos que temem que venham a ser agregados sequencialmente ao 44, os números, 45, 46, 47, 48, 49, 50, por aí adiante… porque apesar de a
numeração ser infinita, a enumeração já o não é, subsistindo deste facto, o
busílis destruidor da impunidade, privilégio do qual os prevaricadores não
gostam de abdicar.
O número 44 é, segundo a
numerologia, um número mestre. No universo dos
números mestres, os mais meditados por variados autores, são o 11, 22, 33 e o 44 - além de haver mais - os quais consideram
construtivos, inspiradores e susceptíveis de deixarem sinais balizadores na
humanidade - os portugueses não fugiram à regra.
Para
a maior parte do povo português, por tanta desventura lhe ter batido à porta,
não irão estranhar, pois, se a numeração aziaga fizer a sua emersão do
mistério e subir de forma sequencial ao patíbulo da justiça, esta pode, de
espada em riste, ostentando todo o seu implacável esplendor, dar a César o que
é de César!
Por
agora só falo sobre o número 44. Depois se
verá!
António
Figueiredo e Silva
Coimbra,
05/01/2015
www.antoniofigueiredo.pt.vu
Sem comentários:
Enviar um comentário