terça-feira, 6 de janeiro de 2015

BREVIÁRIO DO NÚMERO 44




   

Breviário do número 44

(Prenda dos Reis Magos)



Neste mundo abundante em crenças diversas, onde a superstição, o azar e a sorte, jogam no imaginário do obscurantismo, os algarismos considerados mais esotéricos, por norma têm sido: 3, 7, 13, 33, além outros, escolhidos pelos “chamãs” do nosso Universo, onde até o “infeliz ou sortudo” 0 (zero) entra na contabilidade adivinhadora.

Não sou dado a agouros, contudo reconheço que ultimamente surgiu, decorrente de matemáticas e precisas acções investigatórias, um número, que o Diabo seja cego, surdo e mudo, foi uma capicua de sorte para os portugueses; muito embora alguns não gostem da “parelha”, ainda que refilando por conveniência, senilidade ou com medo de que a numeração suba, têm de suportar esta ”ironia” do destino, com todas as consequências “boas” ou más que daí possam resultar, entre a indulgência ou castigo: foi o 44.
Penso para com os meus botões, que se a Maya ou a Maria Helena, versadas em Taralhologia, com o seu “cesto” sentido tivessem vaticinado o turbilhão que actualmente rodeia o número 44, através de uma qualquer chamadazita de valor acrescentado, certamente que a esta hora poderiam ser possuidoras, já não digo de uma pipa, mas de umas malitas repletas de bagalhoça.
É que este é um dos números dos cata-vento, considerando a ambiguidade na sua leitura; tanto pode ser lido de trás para a frente como da frente para o traseiro, que o seu resultado não se altera. É um número de sorte, para quem semeou azar; então não é?
A capicua é um número que assenta bem a alguns políticos e aos vigaristas e trapaceiros, porque lido de qualquer forma, prodigiosamente mantém sempre a mesma cara.
Cheira-me que no meio da gente (ou gentinha) bastante à ligada “superstição” numérica, há muitos que temem que venham a ser agregados sequencialmente ao 44, os números, 45, 46, 47, 48, 49, 50, por aí adiante… porque apesar de a numeração ser infinita, a enumeração já o não é, subsistindo deste facto, o busílis destruidor da impunidade, privilégio do qual os prevaricadores não gostam de abdicar.  
O número 44 é, segundo a numerologia, um número mestre. No universo dos números mestres, os mais meditados por variados autores, são o 11, 22, 33 e o 44 - além de haver mais - os quais consideram construtivos, inspiradores e susceptíveis de deixarem sinais balizadores na humanidade - os portugueses não fugiram à regra.

Para a maior parte do povo português, por tanta desventura lhe ter batido à porta, não irão estranhar, pois, se a numeração aziaga fizer a sua emersão do mistério e subir de forma sequencial ao patíbulo da justiça, esta pode, de espada em riste, ostentando todo o seu implacável esplendor, dar a César o que é de César!
Por agora só falo sobre o número 44. Depois se verá!

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 05/01/2015
www.antoniofigueiredo.pt.vu  


      


  


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