segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

QUEM OS NÃO CONHECER...



Não é a política que faz o candidato
 ser aldrabão e oportunista.
É o teu voto que faz o
aldrabão e oportunista ser político.
(?)


QUEM OS NÃO CONHECER…


A comunidade portuguesa está armadilhada por tudo quanto é poro e não se pode confiar em ninguém; muitas vezes até em nós próprios. Quantas situações não tivemos na vida, em que fomos falseados por juízos que pensávamos estarem certos, e, para nossa perturbação, atraiçoaram a nossa boa-fé por terem saído errados? Por exemplo: quando escolhemos mal os “burros”.
 É pertinente e até desejável, questionar a honradez, a sinceridade, o senso de igualdade e fraternidade de quem nos governa, e as qualidades dos outros predadores, que como tubarões brancos – também os há negros, mestiços e às riscas – à roda circulam, nunca sozinhos, porém sempre com as rémoras agarradas à pele, arreganham os dentes para o plâncton, em cuja composição a maior percentagem é composta por arraia-miúda.  
O Zé, o povo, o mexilhão, por culpa dos argumentos e discursos habilmente decorados para depois serem, com toda a solenidade, cuspidos de improviso, embrulhados num envenenado papel pardo de populismo, fica sempre sem saber em que esquina se encontra a verdade; só a conhece, quando a mentira começa a boiar, sendo já tarde para abrir as portas da reversão.
Os predadores são mestres em iluminar o universo da esperança com lamparinas de pavio curto, para que a sua duração chegue apenas até à contagem votativa; é esta a forma como toldam a mioleira das multidões que, inundadas pela expectativa e sôfregas de melhorias, ficam expostas a um estado de hibernação, em que a ténue linha limitadora fica pousada no universo interrogativo entre a dúvida e a certeza. Neste estado psicológico onde a imponderabilidade é uma circunstância, basta um empurrãozinho de manhoso artista, e a sorte cai para o seu lado; aí, à manjedoura, bem presa pela corda do orçamento, permanece uma bela vaca leiteira onde eles podem mamar à vontade até se saciarem – que nunca são cheios! – ou até que o úbere seque e o animal (vaca) fique reduzido a pele e osso.
Escrevo estas linhas hoje, porque amanhã poderei estar incapacitado de o fazer, e também porque já pairam no ar os preparativos para a grande invasão psicológica, nos quais, se estivermos vigilantes, já podemos enxergar alguns disparates e arteirice na exposição da catequese, que se relaciona com a persuasão das massas para o efeito de preferência.
Apesar de ser tudo gente bondosa, séria e cheia de boas intenções virtudes de poucos, graças ao Criador…
QUEM OS NÃO CONHECER, QUE OS COMPRE.

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 26/01/2015
www.antoniofigueiredo.pt.vu


  






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