quarta-feira, 4 de março de 2015

EU, NÃO SABIA!?




EU, NÃO SABIA!?
(Rebate da voz da minha consciência)


Eu não sabia da existência das (minhas) obrigações que devia saber; burro!  
Também não sabia que por não saber, seria penalizado; andei a dormir.
Ainda não sabia que tudo o que me aflui ao bolso, não deve ficar inteiramente nele; oh! Conveniência própria - porque tolo não sou!?
A engrossar a minha “ingnorância”, também não sabia o que devia saber; talvez por fingimento, mas já esqueci.
Não sabia que o desconhecimento da lei, não implicava na inibição das penas impostas pela coercividade da mesma a que houvesse direito; camelo.
Afinal o que é que eu não sabia?
Bem… lá no fundo era porque não queria saber, mantendo a ilusão de que nunca viria a ser destapado; malandrice!
Pois é… É caso para perguntar-me: e agora como descalças a bota, plonso?
Uma coisa fiquei a saber; sempre que haja uma canzoada no meu encalço, salivando de raiva a tentar morder-me os calcanhares, tenho que manter uma “corrida” certinha e rápida, se não… mordem-me mesmo.
A corte-de-foice, sugeria que no acordo ortográfico, onde tanta cavalada existe para assassinar a nossa língua, o pretérito imperfeito do verbo saber, fosse ajustado e aprovado, juntando-lhe as afirmações ou negações necessárias, transformando-o num verbo irregular como o abaixo exposto, mesmo com as barbaridades nele contidas, porque se adapta melhor à realidade dos nossos dias:

Eu não sabia (!)
Tu sabias (.)
Ele não sabia (!?)
*Nós sabíamos (desconfiávamos…)
Vós sabíeis (.)
Eles sabiam (.)

Na expectativa de uma franca colaboração, antecipadamente fico grato aos engenhosos eruditos da Língua Portuguesa, que merecem toda a minha estima.


António Figueiredo e Silva
Coimbra, 02/03/2015

*O mexilhão é como os cornudos: pode
desconfiar, mas é sempre o último a saber.

Blog: www.antoniofigueiredo .pt.vu
Ou:
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