domingo, 27 de dezembro de 2015

SE NÃO MAIS...



                                                                                           Nada é impossível para aquele que persiste.
(Alexandre o Grande)

SE NÃO MAIS…


Para despoletar uns cestos a abarrotar, não de bagos, mas de contentamento, num lagar de prometimentos que a conveniência obriga a fingir, não deixando por isso, que a coisa não seja séria para nós, portugueses.
Aí o temos, de marmeleiro na mão, decidido a transformar o maçador e repetitivo ambiente pré-eleitoral, uma contenda por norma sórdida e por vezes irritante, num arraial alegre e tipicamente minhoto, onde não faltarão as sinceras marteladas, construídas com palavras de plástico, para evitar o cheiro a alho-porro, caramba!
E como até à lavagem dos cestos ainda é considerado tempo de vindima, vamos lá a ver no é que isto vai dar. Oxalá que sim. Se me perguntarem o quê, não sei!?
O Tino de Rans é o maior! É detentor de uma preciosa articulação vocal onde a velocidade das palavras e gafanhotos ultrapassam em muito os relatadores de futebol – do meu tempo, claro – em que no fim se tornava imperativo espremer o microfone para retirar-lhe o adubo, alimento predilecto de incontáveis bactérias, condenando-as ao óbito por falta de assistência – de vez em quando os “humanos” também usam esse método; propositado ou por negligência, não me cabe averiguar.
Bem, o que é certo, é que no TINO, perante a sua modesta humildade pode notar-se uma sublime sinceridade, que poucos usam nos nossos dias – até porque a não têm; ele consegue, por palavras simples mas bem compostas, entabular uma oratória que todos compreendem e lançar-se sem papas na língua, na liça renhida em defesa dos seus ideais, e, como ele próprio atesta, em defesa dos interesses daqueles que confiaram na sua ilustre pessoa (?). É de garba valentia, porra!
A sua forma de expor as ideias é única e inalienável. É por considerá-lo uma avis rara – no bom sentidoque eu me lembrei de urdir um “cesto” vago das vindimas, não cheio de uvas vinhateiras mas de palavras de apreço, não repletos de vocábulos de chacota mas de incentivo à sua luta na qual piamente acredita.
Estou ansioso por vê-lo em abrasivo debate com Paulo Morais; acredito assistir a uma peleja encarniçada entre o que poderemos considerar, por analogia, a bíblica luta entre David e Golias.
Viva o TINO DE RANS.
TINO DE RANS ao poleiro.

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 26/12/2015
www.antoniofsilva.blogspot.com
  



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