sexta-feira, 9 de junho de 2017

QUEM CABRITOS VENDE...

As Torres Gémeas, que foram o
Símbolo do Poder e da Vaidade,
eram fortes  também colapsaram.

QUEM CABRITOS VENDE…

 Ao longo da História, sempre existiram várias ocorrências em que o poder absoluto foi degolado pelas evidências da razão.
Se é verdade (acho que sim) ou se é mentira, este Sr., a quem a maioria dos portugueses confiou os seus destinos, ao que tudo indica, os traiu.
“Quem cabritos vende e cabras não tem, d’algum lado lhes vêm”.
Este adágio popular cuja criação se perde na memória dos tempos é aquele que com mais fiabilidade retracta o caso polémico do Sr. José Sócrates Pinto de Sousa, antigo Primeiro-ministro de Portugal.
O ilustríssimo implacável magistrado Carlos Alexandre, que tem sido uma vítima nas mãos conspurcadas da intriga, não se tem deixado desmoralizar apesar de tudo o que ignobilmente tem sido arquitectado com vista ao seu derrube. Este Homem, de carácter de aço, a tudo tem resistido com indomável convicção suportada pela análise dos factos que lhe têm vindo a ser apresentados.
Não assemelhou ninguém a ladrão, vigarista, corrupto, traficante de influências ou mau governante – que até foi; nada disso. O que tem feito até agora é tentar saber a qual proveniência dos “cabritos”.
Perante os factos até agora conhecidos tudo leva a crer, por muito que a defesa não se conforme, é a sua missão, que as cabras – e os cabrões – existem, mas por certo não serão, ou não terão sido sua pertença.
Enquanto o poder estava nas mãos do Sr. Pinto de Sousa, o rebanho era manobrado com a máxima cautela, sigilo e alguma repressão para que os "cabritos" dele provenientes nunca fossem contabilizados e o rebanho se mantivesse no anonimato, não escondendo porém a sua existência, porque não há filhos sem mãe.
Quando o poder acabou, uma onda de vaidade e ostentação excessivas sobressaíram na “austera” e “pacata” vida do Sr. José Sócrates que mais tarde o levaram a um retiro para meditação forçada, confinado a um espaço que ele próprio nos seus tempos áureos mandou beneficiar, sob número “44”. Ainda não sei porquê, mas se calhar foi por ser bom rapaz e ter dado esmolas aos pobres.
No fundo todas estas coisas e mais algumas despertaram no sistema legal e investigatório português fortes dúvidas acerca da proveniência dos “cabritos” e a consequente localização do rebanho, fonte da sua proveniência.
Foi para desintrincar este labirinto repleto de interrogações, contradições, acusações e confissões, que foi nomeado um magistrado, por sinal irredutível, na pessoa do Meritíssimo Juiz Carlos Alexandre.
Este, mesmo sujeito a altas pressões de todo o género, tenazmente até agora não abdicou do papel que lhe foi outorgado, procurando executá-lo com a máxima eficiência, demarcando uma linha recta na doutrina da jurisprudência, escudada de quaisquer desvios.
Ora bem:
Que os “cabritos” existiram, é uma evidência; o rebanho também vai ser achado.
Por isso…deixem o Homem trabalhar em paz, porra!?

António Figueiredo e Silva
Coimbra, 09/06/2017

             

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